A Coca-Cola Andina, uma das principais engarrafadoras da Coca-Cola no Brasil, está investindo em uma nova fábrica de cervejas e aumentando em 15 vezes a capacidade produtiva da cervejaria Therezópolis, que adquiriu com a Coca-Cola Femsa no final de 2021. Isso sugere que outras engarrafadoras da Coca-Cola também podem ser autorizadas a investir em capacidade etílica. A primeira fase da nova fábrica deve ser concluída no final de 2024 e terá capacidade produtiva de 750 mil hectolitros por ano, com planos de expansão para 1,2 milhão e 2 milhões de hectolitros por ano em 2027 e 2030, respectivamente.
Além de produzir a marca Therezópolis, a nova fábrica também atenderá parceiros estratégicos da Andina no setor de cervejas, como a Estrella Galícia. A empresa está avaliando questões logísticas e fiscais para decidir onde a fábrica será instalada, com opções nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais.
O objetivo da Andina não é competir com as marcas mainstream do mercado de cervejas, mas posicionar a Therezópolis como uma marca premium e super premium, competindo com rótulos como a Stella Artois e a própria Heineken. O segmento premium/super premium é um dos que mais crescem no mercado de cerveja e já representa 21% do mercado brasileiro de cerveja, segundo a Nielsen.
O investimento da Andina na nova fábrica e na Therezópolis foi em grande medida uma resposta ao encerramento do contrato de distribuição que a Heineken tinha com o Sistema Coca-Cola desde os anos 80. Com o investimento, a meta da Andina é recompor integralmente a receita perdida na Heineken. A compra da Therezópolis foi a primeira vez que a Coca-Cola autorizou uma de suas engarrafadoras a comprar uma marca de cerveja, sinalizando uma mudança de estratégia da gigante de Atlanta.
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